segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Igbá Eleyè - Cabaça do Poder Feminino, por Mírian Tesserolli





07/06 a 07/07/2017 - Galeria SESC Palmas, TO


Elementos míticos femininos na exposição Egbá Eléye


Vone Petson*

Produzidas com diferentes materiais, as obras da exposição "Igbá Eléye - Cabaça do Poder Feminino", de Mírian Tesserolli, abordam as Iyamis, divindades africanas. O 

culto das Iyamis foi praticamente esquecido no processo de comércio transatlântico de escravos, assim como várias outras divindades cultuadas na África. As memórias dessas mães ancestrais se perderam pelo caminho ou foram re-apresentadas; algumas tiveram suas funções adaptadas e poucas continuaram nas suas funções originais. Outras foram quase esquecidas, que é o caso das Iyamis. Divindades femininas africanas mais conhecidas no Brasil identicadas com elas são, por exemplo, Nanan ou Oxum. As colagens e assemblagens da artista Mírian Tesserolli prenunciam um sagrado maternal e acolhedor onde a vida foi gestada, desse modo, suas obras são reminiscências do mito criador Yorubá. A exposição traz em si uma carga antropológica que auxilia na compreensão da formação sociocultural do Brasil. A contribuição da cultura africana para a formação 

da identidade brasileira é inegável. Seu legado se concretiza nas danças, nas músicas, no vocabulário, na culinária, nas histórias míticas, na s artes visuais , no falar e na forma de ser de cada um. Todos trazemos uma parte da África conosco, seja de forma consciente ou inconsciente. Negar esse legado é negar a nossa própria essência. Todo esse conhecimento simbólico é desconhecido ou negligenciado pela maioria da população, até mesmo nos meios acadêmicos. Nesse sentido, a exposição se torna uma provocação mítico-visual que auxilia na compreensão de quem somos e de onde viemos. 


*Vone Petson Pereira Branquinho é curador, promotor cultural de Artes Visuais do SESC Palmas, TO, Historiador e Artista Visual.




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Exposição Coletiva - Sagrado no Tocantins


Sagrado no Tocantins - Galeria do SESC - Palmas - TO
dezembro 2016

Igbá Ti Iyami 

Instalação: Interferência sobre impressão jato de tinta de obra da Mãe Romana/Releitura da obra da Mãe Romana; 90X90cm; 2016






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Exposição Igbá Eleyè - Cabaça do Poder Feminino



Exposição realizada de 03 a 30 de agosto de 2016 
pela Casa Visual Galeria com curadoria de Vone Petson

Releitura dos símbolos das Iyamis



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sobre a extinção da SECULT - TO: Olhares sobre a cultura Tocantinense



A Profª Drª Noeci Carvalho Messias, Professora da Unitins, Mestre em Patrimônio Cultural, Doutora em História, noecimessias@hotmail.com, fez algumas reflexões a respeito de extinção da SECULT, TO. 

À luz dessas reflexões, os movimentos culturais do Tocantins podem continuar a discussão que teve início na segunda feira, dia 22/04/2013, pensando na possibilidade não só do Pró-Cultura, mas do estado ter organizações que realmente sejam representativas da Cultura, com autonomia, sem que seja possível a alteração do cenário ao bel prazer dos governantes. Penso que as bases devem ser sólidas e tem faltado solidez... 


"Olhares sobre a cultura Tocantinense

Palmas, 24 de abril de 2013


O patrimônio cultural é um dos pressupostos do planejamento e do desenvolvimento urbano e regional, devendo ser tratado de maneira integral em consonância com as outras demandas e necessidades de uma cidade. O Estatuto das Cidades, Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 estabelece diretrizes gerais da política urbana.  O artigo 2º desta lei estabelece que é competência do poder público “a proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico.”
A Constituição Federal de 1988 determina que o Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação.
A abrangência e amplitude deste disposto na Constituição Federal estabelece novos paradigmas para o campo do patrimônio cultural, bem como um desafio ao poder público e à comunidade no sentido de implementar ações de preservação, proteção e valorização. Todos somos responsáveis pela proteção e preservação do patrimônio cultural da sociedade brasileira e, portanto, devemos cuidar para que ele seja protegido e salvaguardado como herança para as gerações futuras.
Existem diversas possibilidades legais de proteção, recuperação e preservação do patrimônio cultural, bem como atividades administrativas que podem ser implementadas com esta finalidade, tais como: ações de fomentos, programas, planejamento urbano, preservação das áreas de interesse cultural e ambiental, e, sobretudo, o cumprimento das leis que protegem o patrimônio cultural.  A competência para legislar sobre os bens culturais não é somente exclusiva do poder público federal, mas também das esferas estaduais e municipais. Esse é o entendimento que advém do artigo 22, combinado com o artigo 30 da Constituição Federal de 1988.
O Estado do Tocantins possui um patrimônio cultural inestimável. Podemos citar os oito povos indígenas; vinte e nove comunidades quilombolas; as cidades históricas com sua arquitetura colonial, a exemplo de Monte do Carmo, Paranã, Arraias, Tocantinópolis, Pedro Afonso, entre outras, além de Natividade e Porto Nacional, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; algumas referências relativas à fundação da capital do Estado, como o Palacinho, a Antiga Sede da Assembléia Legislativa, o Memorial Coluna Prestes, os prédios que sediaram o Primeiro Governo do Estado na cidade de Miracema do Tocantins. Para além disso, o patrimônio imaterial com os Modos de Fazer e os Saberes: culinária, artesanato do capim dourado, tambores, quebradeiras de coco, entre outros; as Celebrações: Festa do Divino Espírito Santo, Romaria do Senhor do Bonfim, Romaria da Sucupira, Festa de Nossa Senhora do Rosário, etc; as Formas de Expressão: suça, dança do tambor, catira, entrudo, folias, etc; os Lugares: Jalapão, chapada dos negros, sítio da Mãe Romana, sítios arqueológicos, Ilha do Bananal, Serra do Carmo, Serra de Natividade, Cerrado, Igrejas, Babaçuais, etc.
Diante de toda a diversidade cultural que possui o Tocantins, a extinção de um órgão de proteção da cultura – Secretaria de Cultura/SECULT - é uma atitude que retrocede todo um processo de ações que vinham sendo desenvolvidas no sentido de proteção dos bens culturais. Ou seja, quando o poder  público restringe um espaço de ação política e social, simultaneamente ele restringe o espaço democrático da sociedade, inibindo as atitudes de diálogo e articulações da sociedade em prol da salvaguarda dos bens culturais. Ao invés da extinção da SECULT faz-se necessário a criação de um órgão estadual (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Estado) voltado ao fortalecimento das  identidades, garantindo o direito à memória e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Tal instituição deverá desenvolver pesquisas, ações educativas de identificação, proteger e promover os patrimônios cultural, histórico, natural e científico, conforme estabelece a Constituição de 1988.    
Outros Estados brasileiros, preocupados com a proteção, a preservação e a salvaguarda do seu patrimônio, a exemplo da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, criaram um Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, submetido à Secretaria de Cultura. As ações desenvolvidas por esse órgão, nos referidos Estados, tem contribuído de modo significativo para o fortalecimento da política de preservação e proteção do patrimônio material e imaterial e, conseqüentemente, o fortalecimento da identidade cultural, tanto regional como nacional.
A criação de um órgão dessa natureza não exclui a dos órgãos congêneres, federal (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN), estadual (Fundação Cultural do Tocantins e SEDUC) e Secretarias Municipais de Cultura. Ao contrário, irá fortalecer as ações conjuntas de proteção, preservação e salvaguarda dos bens culturais da sociedade tocantinense.
A criação do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural do Tocantins possibilitará ao Estado trabalhar de forma mais consistente os diversos segmentos da política cultural, com dinamismo e fortalecimento do trabalho do Instituto e da Fundação Cultural do Estado, na medida em que suas ações se concentrariam em áreas específicas." 

IV Colóquio Afro-religioso

Nanã e a Ancestralidade

06 a 09 de agosto de 2013

Porto Nacional - TO

aguardem mais notícias....

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Buriti Band



No próximo dia 07 de dezembro, o Grupo de Pesquisas Religiosidades e Festas apresenta a Buriti Band. O espetáculo será no auditório da UFT Centro de Porto Nacional, às 20h. Entrada franca.
É um show que vale a pena assistir!!! 

Conheça um pouco a Banda: 

É um grupo de música instrumental criado no ano de 2005 pelo professor Thiago Carmo Oliveira e Jeremias Moreira, presidente da Ordem dos Músicos – TO, com o objetivo de valorizar o músico de Palmas, pesquisar e divulgar novos compositores e arranjadores, contribuindo, assim, de forma significativa para o crescimento profissional dos integrantes, formando plateias e, consequentemente, produzindo música de qualidade. Sua formação
segue o padrão das Big Band’s Norte Americanas mesclando instrumentos de sopro, cordas, percussão e teclados, porém, sua diferença é encontrada no tocante ao repertório que é,
sistematicamente, voltado para a Música Brasileira.
Realizou concertos nos principais eventos culturais da cidade de Palmas, como: FLIT, Circuito Cultural Banco do Brasil,
Projeto 5° Cultural do BASA, 21°, 22°, 23° Aniversários de Palmas (todos com espetáculos temáticos), Concertos em Unidades de Educação Superior (UFT e IFTO), Abertura Dos Shows de Reveillón, dentre outros. A Orquestra se destaca no cenário musical Estadual com apresentações vibrantes e envolventes. Atualmente é composta por 22 profissionais entre músicos, técnicos de som, cenógrafos e iluminador.







Zumbi dos Palmares: 317 Anos. Panorama das Relações Raciais no Tocantins


No dia 19 de novembro o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros - NEAB, em Porto Nacional, TO, realizou o evento:  
Zumbi dos Palmares: 317 Anos.
Panorama das Relações Raciais no Tocantins
.
O Grupo de Pesquisas Religiosidades e Festas esteve presente através da Profª Mírian Tesserolli, do Campus de Porto Nacional da UFT, Curso de História, que ministrou palestra:
As afro-religiões no Tocantins: 
desconstruindo preconceitos


Também estiveram presente, o Prof. George França, Pró-Reitor de Extensão e Cultura da UFT, que ministrou palestra sobre "Políticas Públicas para afrodescendentes no Tocantins", e o Prof. Elizeu Ribeiro Lira, do Campus de Porto Nacional, Curso de Geografia da UFT, com a palestra "Quilombolas e ribeirinhos: A luta pela terra no Tocantins".


1º Seminário da Consciência Negra/2012/UFT


No dia 13 de novembro aconteceu, em Araguaína, TO, 
o 1º Seminário da Consciência Negra/2012/UFT, organizado pelos estudantes do Campus dessa cidade. O evento foi um sucesso! 




O Grupo de Pesquisas Religiosidades e Festas esteve presente através da Profª Mírian Tesserolli, do Curso de História, Campus de Porto Nacional, UFT, que ministrou palestra sobre as Afro-religiões.




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Artigo - Uma análise do discurso cultural: reconhecendo identidades e diferenças


Aqui está o artigo da Donizeth Costa Amado, pesquisadora do Grupo de Pesquisas Religiosidades e Festas,  produzido durante a especialização de História e Cultura Africana e Afro-brasileira. Donizeth foi orientada na graduação em História e na especialização pela Profª Mírian. 


Uma análise do discurso cultural: 
reconhecendo identidades e diferenças

http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/issue/view/91/showToc

Artigo da Profª Noeci



Caçada da Rainha: 
devoção, fé e sociabilidades na festa 
de Nossa Senhora do Rosário 
em Monte do Carmo, 
estado de Tocantins



Mais um artigo da Profª Noeci publicado no livro: 

As Artes Populares no Brasil Central: 
Performance e Patrimônio
Organizadores 
João Gabriel L. C. Teixeira e Letícia C. R. Vianna

domingo, 4 de novembro de 2012

A Profª Noeci convida:













Ao cumprimentá-l@, tenho a enorme satisfação de convidá-l@ para o lançamento da obra de minha autoria, intitulada 
"Porto Nacional: patrimônio cultural e memória".



Local: Livraria GEP (Av. LO-01, Quadra 104 Sul, Lote 4)

Data: 9 de novembro de 2012.

Horário: 17 horas.